Nasci ansiosa e isso não é nada bom.
Já ouvi dizerem que foi a ansiedade que me fez ser essa mulher inquieta e que sempre busca o melhor. Entendo que existem pessoas que se acomodam com tudo e simplesmente deixam as coisas rolarem, mas viver esse relacionamento abusivo com a ansiedade é estranho.
Prestando a atenção nos meus sentimentos, percebi que minha relação com o sofrimento é mais íntima do que gostaria que fosse. Às vezes, parece que gosto de sofrer, busco pensamentos ruins e acontecimentos do passado que me causaram dor, músicas que me lembrem situações de tristeza e entro por alguns momentos em uma intensa sensação de medo, a adrenalina sobe e a autosabotagem, por diversas vezes, vence e quando me rendo, fico mentalizando Deus e coisas que me façam esquecer esses pensamentos.
Pode parecer estranho, mas antes eu fazia isso sem pensar, não me dava conta. Hoje, consigo não só entender, como prever quando vai acontecer e os gatilhos.
Meu atual companheiro, me fez perceber esse tipo de tendência. Sem querer, ouvi ele dizer para meu filho ser mais positivo pq atraía coisas boas e sendo negativo, ele ficaria mais triste. Pensei: "Bingo! é isso que acontece."
Logicamente não é tão simples assim. Se somente pensar positivo fizesse as coisas mudarem seria maravilhoso, mas pensar positivo muda a forma que você vê o mundo. Talvez seja esse o segredo.
Relacionamentos sempre me deixaram instáveis e hoje lido com instabilidades que eu mesma crio.
Quando sinto o outro mais quieto, já imagino que queira terminar, que tenha acontecido algo, que eu tenha decepcionado de alguma forma. Isso me corrói muitas vezes.
Como não estou podendo ficar nessa roda gigante, vou ocupar minha cabeça com algo produtivo e simplesmente tentar não pensar nas coisas ruins e ser otimista, quando pensar algo ruim, vou cantar, contar uma piada, escrever, até que tudo passe.
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"Muitas pessoas perdem
as pequenas alegrias enquanto
aguardam a grande felicidade."
(Pearl S. Buck)
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