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"Tenho em mim todos os sonhos do mundo" (Fernando Pessoa)

 



Descobri que sou cringe, mas cringe não seria algo "vintage"? Não! Pelo simples motivo de não ser um clássico e sim algo cafona. Não me sinto cringe, mas escrevo em um blog, dou risada com "kkk" e aquele emoji de risadinhas, uso calça apertada (sempre achei as largas um tanto ultrapassadas, mas agora é moderno usar), eu me declaro nas redes sociais (me declarava antes de deletar facebook e instagram) e acreditava no amor. Encontrei um parceiro que sofria por amar ele, sofri para ter ao menos uns dias ao lado, sofri por sonhar uma vida junto. Os sonhos sempre me moveram, eu sonho pq o sonho me dá a motivação para seguir em frente, sonho quando tudo está acabado, sonho quando um novo começo chega, sonho acordada, sonho para dar um sentido a minha vida mas ultimamente todos os meus sonhos tem sido podados. Administrar isso tem sido frustrante, queria entender pq tudo que eu quero, quero que o outro também queira, mesmo que seja só sonhar. Quando eu era criança, no interior, sonhava em morar em uma cidade grande, conhecer o mundo, antes era mais fácil, hoje o próprio mundo anula e não valida tudo que sonho e me sinto distante daquilo que sempre quis. Nessas horas eu acredito em carma e como ele pode estar agindo diretamente a mim e a tudo que eu julgava importante... meus sonhos, minha felicidade, meu interior, minha família. Hoje eu não tenho nada, mas sei que tenho tudo, eu vejo além, mas com uma focinheira de adestramento para conseguir não flutuar tanto, afinal, não posso voar com pedras nos calcanhares. Eu sei que flerto com o sofrimento, que vivo tudo muito intensamente, que sou instável, mas onde isso me levou eu me orgulho, quem não é assim pode ter vivido mais no modo automático que eu, eu não me permito perder tempo. Quando sinto que preciso pensar, é quando, na verdade, sinto vontade de sumir, chorar e tentar começar do zero, mas jamais isso vai acontecer, então, qual será a fórmula para fazer tudo diferente? Parece que odeio ser quem eu sou...

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